Ao que me reservo os encargos de minha alma?
Insinuo censuras ao sentimento que trago -
Não ao que faço, absolutamente,
Ao que falo todavia.-
Jaz na nascente o cepticismo parvo de mim,
Na medida em que prospera meu novo amor...
De qual amor aludo-me, porém?
Deste que busco sinônimo e desvio-me da forma,
Deste próprio que suporto a autoria;
Deste invicto instante sem fim,
Desta enormidade que me constitui,
Deste argumento inviolável de minha conduta,
Deste que me traz saudades incorrigíveis,
Deste que envidas meus sentimentos outros,
Deste qual não posso não ter.
Deste que tem cheiro de ti.
Deste que tenho.Luiz Felipe Angulo Filho
Proporcionar a todos os usuários e fundamentalmente para mim, um módico arquivo digital de cultura. Esta é a razão de ser deste Blog. Intervenções precisas, como fez Camões, sem manter um verso em falso; Lamentos de amor de Vinícius, em prosa e verso, falado e cantado; a Esquizofrenia contagiosa de Pessoa; as letras soberanas de Chico Buarque; Os conselhos ditados por Drummond; E por fim, algumas das bestialógicas quais produzo em linhas pretenciosas, todavia bem intencionadas.