quinta-feira, 21 de julho de 2011

Prosa da Lamentação

Altíssimo, alcança envidar esta angústia de querer amor
Olor de cânforas precipitados pelas cincas triviais
Se os desgostos que temos são coisas normais
Faça-nos supremos ao trazerdes um olhar acolhedor
O supor da lembrança acerba de já ter um dia vivido,
E colhido alegrias do chão.
Alternas entre paz e amargura,
A dura vocação pelo amor.
Meu Deus...
Os sorrisos nasceram de pouco sem o esplendor dos caprichos
E os bichos nos ensinam a ser,
Os humanos exageram nas culpas e os atingidos se põem a doer
Esta dor toda e a de saudades do lícito
Indigentes os que criam mentiras dispostos por invadir
Algo que a verdade não possa e se faz explícito
O porquê existir os desencontros capazes de nos empobrecer
E a razão é aguda ao notar que os carentes que se fazem d´outros
Poucos, ou nenhum, têm espaço permanente
E sentem que têm muito, somente, a perder

Luiz Felipe Angulo Filho