domingo, 20 de março de 2011

Sujeito

Não tenho canto nem tempo.
Este enredo já exaurido de rotina
Tergiversa minha liberdade.
Não tenho esconderijo...
Pelas paragens não posso, senão, conviver.
Meus ensaios fracassados de sobrepujar as intercessões
Mostram-me que ainda tenho vida, porém sem canto e nem tempo.
Quem dera eu ter refúgio algum...
Lugar meu sem cães de companhia
Desejo viver não isolado, todavia em paz.
O que ladra me priva do silêncio,
Donde elucubro e assento-me em atitude de fala.
A paz deve ter, creio, algo de sigiloso.
Os conflitos horários solvam a reflexão,
Apresam em recinto invasivo e, sim,
Desta resistência se faz a morte, não vida.

Luiz Felipe Angulo Filho