quinta-feira, 17 de maio de 2007

:: Ultimamente

Ao vencê-la, sujeitei-me
Recolhi meu sentimento previamente compreendido
Modifiquei-o – em mim – e obtusamente
Excedi-me na intensidade dos advérbios, enquanto escrevia,
Moralmente, porém.

Pus a amuar-me com o ilustre que produzi anteriormente,
E na admissão de uma nov´alma, presumi instantaneamente os benefícios que tinha:
Quanta beleza os olhos meus reconheciam!
Peço que denuncie a ti do escondedouro que se manteve de mim, prudentemente;
Mas não a mim. Quero manter meu vigor,
Persuadindo-o com a notícia da doçura, estupidamente aprazível
Por então, obtive a virtuosa exibição dos cuidados que minha vista explorava.
Oras....Cale-se - Esforce-se para tanto!
Largue-a linda, simplesmente;

Quanta beleza minha vigília importava!
Em cumplicidade sob o caudilho que se apoderava compulsivamente de mim,
Encolhi os músculos da face em direção à imagem que via, repentinamente;
Rejeitei a antiga história que tinha, placidamente
Ajeitei - me ao centro e estendi-a todos meus dedos tremidos, apaixonadamente

Languescido, suportei sua veia bucólica de fragrância ideal
Deu-me vida movimentos viscosos que reprimiam a impaciência;
Como me podes não valer os olhos, se és essencial na compreensão de não ser?
E com mímica, aproximei-me do chão; Melodiosamente
Larguei-a linda, simplesmente.

Debilitado de tristeza, ergui-me refletido, finalmente
Surgi realizado de ser e escrevia, escrevia, escrevia...
Para dizer da formosura admirável que cansou-se de não me ter
Por definitivo. Como cativo, como cantor.


Luiz Felipe Angulo Filho