sexta-feira, 30 de março de 2007

DESCREVE O LABIRINTO CONFUSO DE SUAS DESCONFIANÇAS

As circunstâncias falam por si. A poesia emprega à circuntância um atalho para o sentimento, para a conclusão e, ainda, para conclusão. O que digo é que a poesia, como todas as artes, nos descreve sentimentos recheados de circunstâncias, as quais podemos indentificar verdades, romantismos, poesia.

A alegria e a tristeza pouco tem a ver com a poeisa, talvez estes estados nos impossibilitam de ouvir uma determinada música ou de assistir à um determinado filme, mais a poesia é livre. Para se ter poesia, há de se ler; Há de se interessar logo pelas primeiras linhas; Há de concordar ou, então, ansiar pelo conteúdo e, finalmente, há de se admirar seu final.


Ó caos confuso, labirinto horrendo
Onde não topo luz, nem fio amando
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!
...
Ó voz sem distinção, Babel tremendo
Pesada fantesia, sono brando,
Onde o mesmo, que toco, estou sonhando
Onde o próprio, que escuto, não entendo!
...
Sempre és certeza, nunca desengano
E a ambas propensões, com igualdade
No bem te não penetro, nem no dano.
...
És ciúmes martírio da vontade,
Verdadeiro tormento para engano,
E cega presunção para verdade.
Gregório de Matos