terça-feira, 20 de março de 2007

Moço Velho

Insisto em algo que tenho dito repetidas vezes por aqui: Não há quem não goste de poesia. Há quem não conheça, quem não tenha encontrado seu gênero ou quem, ainda, não tenha se identificado com um autor. Mas a arte - música, poesia, cinema - nos retrata exatamente fatos reais. Mesmo quando há elementos abstratos, nossos sentimentos são acionados e, com isso, nossa memória, nossas sensações. Isto define, de uma forma generalista, nosso gosto pela arte. Na minha opinião, tudo ganha ainda mais expressão quando nos encontramos. Quando lemos algo nosso, escrito por outro (a). Quando descobrimos sentimentos nossos, descrito pela música, pela arte. Imagino que seja um papo chato para quem não tenha, ainda, se encontrado, mas vale a dica: Não há quem não goste de poesia.



"Eu sou um livro aberto sem histórias,
um sonho incerto sem memórias,
do meu passado que ficou.

Eu sou um porto amigo sem navios,
um mar abrigo a muitos rios,
eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho, que já viveu muito,
que já sofreu tudo e já morreu cedo
Eu sou um velho moço que não viveu cedo
que não sofreu muito e não morreu tudo

Eu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor.
Eu, simplesmente,
sou um homem que ainda crê no amor."
Silvio César