terça-feira, 2 de junho de 2009

Ode ao Pêndulo Habitual

São céleres as tréguas destes devaneios
Ou tratar-se-ão de ilação de uma repentina sobriedade?
As mulheres que pela vida recebem meu amor, meus floreios
Auferem recompensas minhas por amar-me em igualdade

Tenho sonetos preferidos; E estes os sei de coração
Entretanto não os recorro com freqüência a nova leitura
Enquanto não os re-leio, tenho empunhado com candura
Versos de outra autoria quais aliciam minha predileção

Este tumulto de odes intituladas de poesias, que são?
Escrevo por temer a página vazia, sem nenhuma conclusão....

Temor maior que o vácuo são as incompreensões do dito
O mundo por todo se enclausura, expondo-nos apenas ao escuro
Em um covil retumbante de ecos tantos de tudo que nem acredito
De tudo que desconheço, de respostas as quais esconjuro

Na ausência recorro aos sonetos de rimas conhecidas
Mas a que posso a eles afirmar releitura
Se mesmo antes do que as melhores rimas, sei de outras parecidas?
Não posso, mas faço; Faço por ser imatura:
Minh´alma de ânsias infindas e alguma amargura,
Minhas damas de afeições languescidas,
De paixão contundida e de igual compostura

Luiz Felipe Angulo Filho