Hoje, eu queria fazer um soneto
dar um presente, uma idéia afinal
Por que és meu amigo atuante
E por que és minha amiga ideal
Ele prefere a dúvida.
(Daquelas que sabemos não ter)
Não se aprofunda na opção da conquista.
Conquista! Mas fazendo de conta de nada saber
Ela de nome Maria,
de graça infinita e de charme demais
Tambem se aproveita, com todo respeito,
Do mesmo deleito a procura da paz.
Quando estão juntos se alternam nos dias
De domingo me permito ser sua:
sem pejo, me entrego talvez
Peço com gestos que me aceite
E que assuma este romane de vez!
Já quando de novo,
Ele compreende e se empenha ao sinal
Se insunua como um amigo importante
Buscando ser visto como um caso real.
A verdade é que temos um encontro.
De um desencontro que persiste em ficar:
Ela, é demais delicada
E ele, é melhor não falar...
Eu quis escrever um soneto
Um presente sincero, sem jeito e sem par.
E já que nem tudo que queremos ganhamos,
Entendemos que o nosso, merecemos ganhar.
Luiz Felipe Angulo Filho -Para dois amigos muito especiais
Proporcionar a todos os usuários e fundamentalmente para mim, um módico arquivo digital de cultura. Esta é a razão de ser deste Blog. Intervenções precisas, como fez Camões, sem manter um verso em falso; Lamentos de amor de Vinícius, em prosa e verso, falado e cantado; a Esquizofrenia contagiosa de Pessoa; as letras soberanas de Chico Buarque; Os conselhos ditados por Drummond; E por fim, algumas das bestialógicas quais produzo em linhas pretenciosas, todavia bem intencionadas.