Este mundo está suficientemente oblíquo
E meu sentimento é de um desvairado,
Mesmo sendo eu de tantos contraditos
Receio pelo romantismo, qual creio esteja findado
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O romantismo deveria ser hábito
E não só dos poetas do século dezenove,
Contudo o que tenho visto de toda esta gente
São coletivos de poesias e versos com quem ninguém se comove...
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A Orbe que usamos está consumida...
Perdida entre o capital e egocentrismo em demasia
Somos distintos de alma, todavia vizinhos de período
Estará por nós algum ledor sobrevivente ou somente em minha fantasia?
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Se escrevo é porque permaneço e sou eu um sobrevivente
Encontro beleza no vil e no que é poético, no calor ou na garoa
Persisto porquanto, pois, sou eu: exagerado e romanesco
E minha poesia está mantida, sejas para mim ou para mais (apenas) uma pessoa
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Luiz Felipe Angulo Filho
Proporcionar a todos os usuários e fundamentalmente para mim, um módico arquivo digital de cultura. Esta é a razão de ser deste Blog. Intervenções precisas, como fez Camões, sem manter um verso em falso; Lamentos de amor de Vinícius, em prosa e verso, falado e cantado; a Esquizofrenia contagiosa de Pessoa; as letras soberanas de Chico Buarque; Os conselhos ditados por Drummond; E por fim, algumas das bestialógicas quais produzo em linhas pretenciosas, todavia bem intencionadas.