segunda-feira, 21 de julho de 2008

.:: Castigo ::.

Lastimo pessoalmente os movimentos do
sangue de meu corpo que oscilam em busca de alguma veia,

Enquanto aprecio a confirmação da minha
existência, entendo que existo em exagero.

Meus lamentos são tantos e tudo, e mais,
que a minha maior lamentação faz-se prantear

(Prantear em exagero,
evidentemente)


Devo ter algum agastamento que me mantém
entre a e moléstia e o equilíbrio,

No incómodo e perseverante desgosto sem
causa,

noto com mais precisão cada estímulo de
minha fisiologia;

Em paz, faço-me livre das coisas do mundo
e, no entanto,
persisto;
Os sonhos apropriam-se das dores
-
ou apenas esvazio - e elas não
sei para onde vão...


Desconheço o destino de tanta
felicidade,

muito embora sem emular, desconheço
somente...

As personagens permanecem abençoadas sem
interrupções

e não sei até onde é verdadeiro: Os pares
de sentimentos legítmos e generosos,

amigos de infância, tudo e muito para
sempre.


Devo, de fato, ter alguma cólera
crónica,

herança genética ou infecção adquirida em
linhas de algum poema de menino

Não desconheço a riqueza, mas sede
esplêndido perenemente?


Contudo, creio em tudo, salvo na
perenidade.

Luiz Felipe Angulo Filho