Soneto
Dei-me discutindo com uma boa e letrata amiga sobre composições de alguns sonetos os quais eu mesmo assinava autoria. Sei que os sonetos foram para mim os primeiros contatos com a poesia, mais precisamente os sonetos de Vinícius; Alguns ainda lembro de cor... De qualquer forma, a questão que levantamos não referia-se ao conteúdo mas, sim, a estrutura de um soneto! Vi que, muitas vezes (a maioria) eu pecava em sílabas a mais ou a menos; Errava também nas rimas as quais não seguiam a arquitetura proposta, entre outras coisas. A questão é que encontrei regras (no número de sílabas, número de linhas, nas estrófes, nas rimas) e, depois disso, passei tirar a prova de alguns sonetos (ver se os caras conheciam esta estrutura): A maioria correspondia. Camões, impecável; Vinícius, Chico Buarque (Soneto), Ariano Suassuna... Todos eles. E, hoje, encontrei mais um. Soneto de conteúdo nenhum, mas rigorosamente dentro da arquitetura de um legítimo Soneto. Boa leitura!
...
Penicilina puma de casapopéiaQue vais peniça cataramascumaSe parte carmo tu que esperepéiaJá crima volta pinda cataruma.Estando instinto catalomascososem ter mavorte fide lastiminaés todavia piso de horrorosoe eu reclamo - Pina! Pina! Pina!Casa por fim, morre peridimacomartume ezole, ezole martumarque tua para enfim é mesmo um taco.e se rabela capa de casarestrumenente siba postguerraenfim irá, enfim irá pra serra.Millôr Fernandes