Se com sorte saístes assim
Optara por alameda vazia,
Sem nenhuma poesia inventada por mim
Se não soluças meus lamentos noturnos,
E em minha vida diurna não choras por ela
Tu não choras por nada que valha,
Mas manténs a medalha de ter minha tutela
Se não renuncias nossos dias de riso,
Pesquiso se ainda há coração
No meu peito duram veias aflitas
E excitas meu resto de inspiração
Se não crias poesias movidas,
Se poesias tu não podes criar
Então, solte, eu escrevo sozinho
E penso baixinho pra ninguém escutar.
Luiz Felipe Angulo Filho