Não há o que ser feito:
A Primavera chegou.
Com ela o embuste das flores que se estadeiam provisoriamente
As calhordas elites que se foram no derradeiro período e,
Agora, recuam na tentativa de absolvição pela ausência.
Arreee...
Detesto as estações com a mesma pujança qual
Tenho reverência pelos superlativos, advérbios e pelo Alerce da patagônia.
Solitariamente, Insisto na ininterrupção do período.
E trago demasias para este mundo que nos abona e logo decepa, faz cremar
As floreias temporárias de Setembro
Mundo exaustivo, desonesto...
Reflito haver um quê de sadismo
Nos desgostos tantos, e tanto, e consecutivamente
Que me levam ao ateísmo ainda que transitório
Tal qual as flores de Outubro.
Queria poder saber da instituição florida
Das ramblas expurgas,
das carreiras pairas,
Da vida comprida, da saúde adequada...
Arre...
Que zotismo é o mês de Novembro.
As flores se abrigam com feição de proprietárias
Entretanto os últimos anos despontaram ser falsidade!
Flores repugnantes, mentirosas, funestas:
Nascem e, se vão...
Sem licença nem Adeus:
Misericórdia Gardênias,
Azaléias, Gloriosas
Ísis e Rosas...
Clemência Amarílis,
Angélicas, Frésias,
Margaridas e Tulipas!
Arre...
Suplico que não mais se estabeleçam nestas condições efêmeras
Sejam ou dissipem-se deste teto de infortúnios suficientes
Custados por suas promessas de afirmação!
Pelo encanto de vossas aparências tão indesculpavelmente perfeitas,
Tanto conexas ao paraíso anuncia-se este lar de desgraças
quando
Em seu florescer que o busto respira...
Na mesma medida em que obstrui sua função
Ao seu desmatamento, de pétalas mortas e mortais
Impedindo a passagem dos fenecidos
De modo a aparentar – mais – ser definitivo
A condição de não mais se existir.
Adeus!