Somente ao fim do poema
Saber-se-á de nada.
Ao fim desta dor
Meu corpo se compromete
Em manter-se dolorido
E os saberes em tê-la perdido
Trará dores a outro coração
E continuarei esperando,
Sobretudo se tiveres envolvido enfim
Na abertura de um romance e ansiando
Novas dores de um sentimento sem fim.
...
Luiz Felipe Angulo Filho
Proporcionar a todos os usuários e fundamentalmente para mim, um módico arquivo digital de cultura. Esta é a razão de ser deste Blog. Intervenções precisas, como fez Camões, sem manter um verso em falso; Lamentos de amor de Vinícius, em prosa e verso, falado e cantado; a Esquizofrenia contagiosa de Pessoa; as letras soberanas de Chico Buarque; Os conselhos ditados por Drummond; E por fim, algumas das bestialógicas quais produzo em linhas pretenciosas, todavia bem intencionadas.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Identidade
Ser eu mesmo é uma atividade tão só...
Eu que sou de forma tão unicamente eu próprio
Tantas vezes solitariamente eu, que não sou outro
Sou, portanto, incompreendidamente eu
Exaustivamente, todo o dia que principia
Vou eu a ser eu ainda:
Eu que tenho verdades distintas e posso somente eu conduzi-las
Eu que tenho saudades de outro tempo em que ser eu era distinto
Eu que me aproprio das decisões de como ser eu
Eu que escrevo poesias na tentativa de comover outros, que não eu, ao pesar de ser eu mesmo
Eu cuja eventualidade de não ser eu próprio passa-me pela idéia
Eu que conduzo meu corpo sem auxílios e que não tenho opção que não seja ser eu próprio
Ser eu mesmo é uma atividade tão só...
Eu em que minha poesia é minha maior companhia
Eu cujo temperamento não condiz nenhum fundamento
Eu que só tento ser correto por haver alguém por perto
Eu cuja idiotice corresponde-me ao desgaste desta incontestável mesmice
Eu cuja maior rebeldia é eu ter que ser eu sem haver, todavia,
Qualquer tipo de variação, que não seja eu ter que ser eu novamente por todos dias.
...
Luiz Felipe Angulo Filho
Eu que sou de forma tão unicamente eu próprio
Tantas vezes solitariamente eu, que não sou outro
Sou, portanto, incompreendidamente eu
Exaustivamente, todo o dia que principia
Vou eu a ser eu ainda:
Eu que tenho verdades distintas e posso somente eu conduzi-las
Eu que tenho saudades de outro tempo em que ser eu era distinto
Eu que me aproprio das decisões de como ser eu
Eu que escrevo poesias na tentativa de comover outros, que não eu, ao pesar de ser eu mesmo
Eu cuja eventualidade de não ser eu próprio passa-me pela idéia
Eu que conduzo meu corpo sem auxílios e que não tenho opção que não seja ser eu próprio
Ser eu mesmo é uma atividade tão só...
Eu em que minha poesia é minha maior companhia
Eu cujo temperamento não condiz nenhum fundamento
Eu que só tento ser correto por haver alguém por perto
Eu cuja idiotice corresponde-me ao desgaste desta incontestável mesmice
Eu cuja maior rebeldia é eu ter que ser eu sem haver, todavia,
Qualquer tipo de variação, que não seja eu ter que ser eu novamente por todos dias.
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Luiz Felipe Angulo Filho
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