Faz-me obliquar os sentidos que tenho por encargo
A ausência de estímulos dá-me falta da claridade
E apaixono-me de forma aturada, observo, argo
Pretendo escalvar os versos esquecidos, arfado
Dedico meu suor ao meu sentimento desnudo
A olvidar tormentos de outrora e os lamentos de tudo
E suprir o temor pelo encanto de um velo de ouro encontrado
Quero então historiar a imensidão de minha comiseração
Alterar meus versos entre os triunfos e lamúrias de minha perplexidade
Quero amar em todas as temperaturas e amigar-me a solidão
Enfim, hei de retornar pela noite avigorado, convicto que alguma aclaração
Só terei no abreviado instante de minha elusiva eternidade.
Luiz Felipe Angulo Filho